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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Geografia Parte 2

Europa
Localizado quase inteiramente na zona climática temperada norte, predominando o clima temperado. Sua vegetação apresenta-se muito devastada em virtude da ocupação intensa do solo. Este continente apresenta excelentes indicadores sociais: urbanização elevada, alta expectativa de vida e reduzido crescimento populacional provocando alguns transtornos em alguns países. As regiões mais industrializadas localizam-se na Alemanha no vale do Rio Ruhr, na Itália na planície do Pó, no Reino Único na região Londrina e em Paris na França. A agricultura praticada utiliza tecnologia moderna, mecanizada obtendo alta produtividade.
II- Aspectos físicos  do continente europeu
2.1 Relevo
Domínio das planícies: predominam as de origem glacial quaternária localizadas a partir da Irlanda aos Montes Urais. Londrina, Países Baixos, Parisiense, Germano-Polonesa, Húngara, do Pó, Ucraniana com os solos mais férteis tchernozion e a Russa.
Maciços antigos -formados por dobramentos paleozóicos e planaltos cristalinos pré-cambrianos-setentrional: Alpes Escandinavos, Montes Peninos (Grã-Bretanha), Maciço Central Francês, Xis to e o da Floresta Negra e os Montes Urais.
Dobramentos modernos de origem terciária: Pirineus (França e a Espanha)Apeninos-Itália, Cárpatos(Eslováquia, Polônia, Romênia, Ucrânia) Alpes(Itália, França, Alemanha, Suíça, Áustria, Eslovênia, Lichtenstein, Cáucaso:Rússia, Geórgia, Armênia, Azerbaijão.
2.2 Rede hidrográfica
Formada por rios de pequeno curso e volume típicos de planícies aproveitados para a navegação tendo como dispersores de água os Alpes e os Pirineus as quais são utilizadas para a produção de energia.
Volga-3701Km-nasce no planalto de Valdaí na Rússia atravessa a planície russa e deságua no Mar Cáspio.
Danúbio(2860Km)- nasce nos Alpes Alemanha e deságua no Mar Negro passando pela Áustria, Eslováquia, Hungria, Croácia, Iuguslávia, Bulgária, Romênia e Ucrânia.
Reno (1326km)-nasce nos Alpes Suíços atravessa a França, a Alemanha e os Países Baixos interligado por canais ao porto de Roterdã. Após a construção de canais foi interligado ao Meno e em 1992 após a construção de um canal de 171 km alcançou o rio Danúbio sendo constituída a maior hidrovia do continente europeu.
Ródano-(812km)nasce na região dos Alpes suíços e deságua no mar Mediterrâneo passando pela França.
Sena(776km)-nasce nas áreas dos baixos planaltos a sudeste de Paris e deságua no canal da Mancha após atravessar a capital e a região da Champagne.
2.3Clima
A latitude, a altitude, a maritimidade, correntes marítimas-Golfo e a posição geográfica e a disposição do relevo são fatores que influenciam o clima da Europa.
Polar-região ártica, estações distintas inverno prolongado e verão curto.
Temperado Oceânico-alta pluviosidade, e amplitude térmica pouco acentuadas.
Temperado Continental-centro/leste-menor pluviosidade e maior amplitude térmica que o Temperado Oceânico.
Mediterrâneo-Europa Meridional, verões quentes e secos e invernos menos rígidos e chuvosos.
Frio de Montanha-predominante nas áreas de dobramentos modernos, apresentando verão curto e chuvoso e inverno rigoroso com precipitação nival.
2.4 Vegetação
A ocupação humana e a expansão das atividades econômicas provocaram a devastação da vegetação original.
Tundra-formada por musgos e liquens desenvolvidas no período do verão.
Floresta boreal/taiga-localizada ao sul da tundra, folhas acicufoliares, homogênea.
Floresta temperada/folhas caducas-Europa Ocidental áreas de clima temp.oceânico; decídua, aberta, carvalhos, faias, bétulas, pinheiros.
Estepes-domínio das herbáceas, desenvolvimento relacionada ao solo.
Vegetação mediterrânea-xerófilas, maquis e garrigues.
III- Aspectos humanos da Europa
Características:
Populoso=746,7milhões de habitantes, povoado=72,15hab/km²; população distribuída de forma irregular com vazios demográficos na área setentrional nos domínios da tundra e taiga e os adensamentos populacionais no centro-ocidental=Tamisa, Reno, Pó e Sena.
Este continente apresenta um dos mais elevados índices de urbanização resultado de fatores históricos, políticos, econômicos. Destacando-se na Europa Ocidental Paris com 9,3 milhões de habitantes, Londres 6,9 milhões de habitantes e Madri 3,0 milhões de habitantes. Na Europa Central destacam: Berlim 3,4 milhões de habitantes, Budapeste 1,9 milhões de habitantes e Varsóvia com 1,6 milhões de habitantes.
Na Europa Meridional encontramos Milão 4,8 milhões de habitantes, Roma 3,6 milhões de habitantes, Atenas 3 milhões e Bucareste 2,3 milhões. Europa Setentrional Copenhague 1,3 milhão, Dinamarca e Estocolmo 1,5 milhão.
 Europa Oriental – Moscou 8,9 milhões de habitantes e São Petersburgo 4,9 milhões.
A população européia apresenta crescimento vegetativo baixo igualando muitas vezes as taxas de mortalidade em virtude dos valores sociais e econômicos pós-guerra. Consequentemente a Europa apresenta sua estrutura etária como a mais idosa no planeta. As conseqüências que podem surgir das atuais taxas de crescimento vegetativo da Europa será o déficit de mão-de-obra em virtude da retirada do mercado de trabalho os idosos com a aposentadoria. Este panorama atraí imigrantes dos países pobres e provoca o crescimento da xenofobia em vários países.
A PEA-população economicamente ativa concentra-se no setor terciário, seguido pelo setor secundário enquanto que o setor primário apresenta os mais baixos índices.
III – Economia do continente europeu
Grã-Bretanha- grande parte dos novos investimentos se direciona para a cidade de Londres, que concentra as indústrias mecânicas e químicas e Birmingham que conta com inúmeras indústrias de tecnologia de ponta, como as petroquímicas  e as de biotecnologia. As antigas regiões industriais carboníferas conhecidas como regiões negras como Liverpool e Glasgow enfrentam crises econômicas e social generalizada.
França- A região da Alsácia e da Lorena na fronteira com a Alemanha foi a região mais industrializada nos primeiros tempos relacionada as reservas de carvão mineral. Atualmente a principal região industrializada localiza-se na região metropolitana de Paris centro político, econômico e cultural que polariza o país. O seu parque industrial varia de indústria de cosméticos, aviões, perfumes, automóveis, produtos farmacêuticos entre outros...Ainda possui um grande número de tecnopolos.
Destaca-se como maior produtor agrícola da União Européia. Na bacia Parisiense, encontra-se a mais importante região produtora de cereais e beterraba açucareira da Europa Ocidental. Entre as demais áreas agrícolas francesas, destaca-se a costa mediterrânea pela produção de uvas. A pecuária desempenha importante papel na economia relacionada ao desenvolvimento de laticínios para aproveitamento da produção de leite da criação de ovinos e em menor número de bovinos. Ainda são importantes os suínos.
Espanha e Portugal-apresentam maior dependência da agricultura utilizando tecnologia arcaica em relação aos países vizinhos empregando maior número de trabalhadores e menor produtividade.
A Espanha com parte do seu relevo montanhoso e semi-árido dificulta o desenvolvimento do setor agrícola em vastas áreas. Destaca-se na produção de cereais nas áreas do centro-norte e na parte meridional e mediterrânea uva, cítricos e oliva.
A uva e a oliva são os principais produtos cultivados sendo utilizados como matéria-prima para as indústrias em Portugal e na Espanha.
O turismo constitui em uma das maiores fontes de renda destes países atraídas pelo patrimônio histórico e suas praias.
Alemanha - o vale do Rio Reno/Ruhr constitui na maior região siderúrgica européia, continua a ocupar o lugar de destaque na economia da União Européia mas no interior deste país existem outros pólos industriais importantes:
Siderúrgico e maquinário: concentrado junto às ricas áreas carboníferas do rio Ruhr e nas regiões do Sarre e das cidades de Leipzig e Dresden, junto ao Rio Elba, em território da antiga Alemanha Oriental.
Químico- concentrado na bacia do Reno sediando as poderosas empresas Basf próximo a Mannheim e a Bayer em Colônia.
Automobilística – concentrada em Stutthgart, as sedes de Daimler-Benz e Porsche e próximo a Hannover a Volkswagen.
Eletrônico- motores elétricos e telecomunicações em Stuttgart e Frankfurt. 
No setor agrícola utiliza tecnologia moderna com alta produtividade destacando-se no cultivo de batata, vinha e beterraba açucareira.
Polônia – na região da Silésia com suas reservas de carvão favoreceu para a concentração industrial de siderúrgica e mecânicas. Além desta área destaca-se Varsóvia com diversificadas industrias e Gdansk com o desenvolvimento do setor naval. Destaca-se ainda no setor agrícola como produtor de beterraba açucareira.
República Tcheca destaca-se na produção siderúrgica e mecânica, incluindo ainda indústrias de cristais e a de bebidas.
Eslováquia- produção siderúrgica, têxtil e alimentícia.
Hungria- siderúrgica e industria de máquinas.
Áustria-siderúrgica e de equipamentos para o setor industrial.
Suíça- produção de instrumentos de precisão e relógios, laticínios, atividade bancária e o turismo na região alpina.
Liechtenstein-turismo e atividades bancárias.
Na Itália, os centros industriais mais importantes, ligados principalmente à siderurgia e às indústrias mecânicas, situam-se em Turim, Milão e Gênova no norte do país.
A principal região agrícola a fértil planície do Pó destacam-se na produção de milho, trigo, e beterraba açucareira. Ao sul destacam-se os cultivos de oliva e vinha.
Na Albânia, Grécia e Bulgária destacam-se na produção de oliva e vinha.
Noruega- as maiores concentrações industriais estão concentradas em Oslo destacando-se as siderúrgicas, indústrias de papel e celulose, maquinários e metalurgia de alumínio.
Suécia- mais industrializado dos países nórdicos destacando-se Estocolmo, Gotemburgo e Malmó. Volvo e Scânia no setor automobilístico e a Ericcson nas telecomunicações. Eletrolux –eletrônicos e Sandivik maquinários e SKF setor elétrico, numerosas industrias no setor siderúrgico e na produção de papel e celulose.
Finlândia – destaca na produção de papel e celulose, metalurgia e no setor de telecomunicações.
Estes países nórdicos destacam-se na silvicultura e na produção de cereais, batatas, beterraba açucareira.
Dinamarca- atividade agropecuária laticínios e frigoríficos, têxtil, naval e petroquímica concentradas em Copenhague.  
V – Geopolitica da Europa
A Europa foi palco de grandes acontecimentos no século XX: As Guerras mundiais, a instituição do socialismo na Rússia e o fim do socialismo no leste europeu.
RÚSSIA
A revolução Russa iniciada em março de 1917 terminou coma vitória dos bolcheviques liderados por Lênin e Trostki em novembro transformando a política, a economia e a sociedade do país. Em 1922 transforma em União das Repúblicas Socialistas Soviéticas formada por 15 repúblicas. De acordo com os princípios socialistas Lênin decreta o fim da livre iniciativa assim como estatiza os meios de produção.
No período Stalinista de 1926-1953 a economia vigorada passa a ser planificada. A produção industrial organiza-se sob as seguintes formas: os trustes (unidades produtivas dedicadas a um só tipo de produção) e os combinados (unidades de produtos complementares). Dispondo de imensas reservas de carvão, petróleo e minerais metálicos nos montes Urais, na Ásia Central e na Sibéria Ocidental o estado investiu na criação das regiões industriais, tornando estas regiões dispersas por motivo de segurança. A indústria de base foi desenvolvida ao longo da ferrovia Transiberiana. Enquanto a de bens de consumo pouco desenvolvida apresenta maior difusão e atende a mercados regionais. 
Após a Segunda Guerra Mundial este modelo foi exportado para os paises satélites a exemplo da Polônia, Hungria, Tchecoslováquia, Romênia e Bulgária. 
A agricultura passa a ser organizada em Kolkhoses (cooperativas agrícolas) e os sovkhoses(fazendas estatais).
Na década de 1970 a estagnação econômica e o desgasta provocado pela excessiva burocracia dos dirigentes para com a população provoca a necessidade de mudanças. Assim como o impacto da revolução tecno-cientifíca e informacional mostrou a evidente fragilidade do modelo econômico de planificação central. 
Em 1985 com a chegada de Mikhail Gorbatchev foram realizadas transformações através da Glasnost e da Perestroika reformas como a abertura política e a reestruturação econômica que objetivavam restaurar as condições para o crescimento econômico da União Soviética. Entretanto, com a progressiva democratização do poder nas repúblicas deflagrou um processo político que redundaria na dissolução do Estado Soviético e em 1991 a Rússia declarou a dissolução da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.
A Rússia detêm o segundo arsenal do planeta e conserva ainda um relativo poderio estratégico e uma influência decisiva nas antigas repúblicas soviéticas.
Com a dissolução do estado soviético ocorreu a fragmentação do parque industrial entre os novos países independentes. A indústria pesada enfrentava problemas agudos de defasagem tecnológica  e o vasto programa de privatização provocou o fechamento de unidades obsoletas, bem como reconverteu as fabricas do complexo bélico. A queda da produção proporcionou um retrocesso brutal no PIB e o aumento nas taxas de desemprego.
Durante a implantação da economia de mercado a privatização foi atingida pela corrupção, resultando na formação de poderosos monopólios industriais privados, controlados por magnatas, que passaram a usufruir de mão-de-obra qualificada e barata.
Atualmente o modelo exportador está direcionado aos produtos primários como o petróleo e o gás natural representam mais 40% das exportações, sequenciando tem-se o aço, o alumínio, e os demais produtos da indústria extrativa mineral equivalente a 30% do comércio externo.
UNIÃO EUROPÉIA
Em 1957 a criação da Comunidade Econômica Européia pelo Tratado de Roma resultou dos interesses de grupos econômicos de grande porte da Europa capitalista que desejavam ampliar seus mercados e suas fontes de recursos produtivos. Seis países integravam a CEE ou MCE- Alemanha Ocidental, Bélgica, Países Baixos, Luxemburgo, França e Itália existindo o livre mercado entre estes países.
A partir de 1973 a CEE expande com a adesão do Reino Unido, Irlanda e Dinamarca tornando a Europa dos Nove. Em 1981 a CEE aceita a Grécia e Portugal e Espanha em 1986 estes após a adoção de várias medidas para eliminar alguns problemas sendo investidas alternativas para reabilitar a economia destes países. Segundo BARBOSA 2001, destaca que foi implementado um amplo programa de nacionalização/modernização de industrias de bens de capital, de companhias de transporte (aéreos, rodoviários, marítimos e ferrovias) nos serviços de energia e comunicação, o estado restaurou e ampliou a infra-estrutura necessária à expansão econômica, ao mesmo tempo que o exercício de suas funções institucionalizaram formas particulares de integração social e extensão dos direitos civis à classe trabalhadora.
Em 1991 a CEE com os doze representantes reúnem-se nos Países Baixos e discutem a formalização de novas diretrizes objetivando o processo de unificação. Como resultado surge o Tratado de Maastricht que estabelece a implantação da moeda única e de um sistema de defesa comum para os países membros, entrando em vigor em 1993 sendo denominada de União Européia. O Euro nasceu em 1999 quando foi instituído o Banco Central Europeu sediado em Frankfurt na Alemanha. A moeda foi adotada em 11 países estando fora a Grã-Bretanha, a Dinamarca, a Suécia e a Grécia por não atingir os requisitos econômicos definidos pelo Tratado de Maastricht.
Com a dissolução do leste europeu ocorreu novo processo de alargamento com a inclusão de alguns países em 2004 como a Polônia, Hungria, República Tcheca e Eslováquia, os estado s Bálticos Estônia, Letônia e Lituânia, a Eslovênia, e o Chipre e Malta.
Com o crescimento no número de países foi elaborado um tratado constitucional que define o cidadão europeu estabelecendo seus direitos e deveres. Esse tratado foi rejeitado por franceses e holandeses.
VI - CONFLITOS NO TERRITÓRIO EUROPEU
Recentemente tivemos a comemoração dos dez anos da queda do Muro de Berlim e pudemos ver o atraso econômico da Alemanha Oriental. Também a Rússia parece estar longe da casa comum Européia. Os Estados multinacionais são o motivo básico dos movimentos separatistas.
No Norte da Espanha e Sul da França - (ETA, Euskadi Ta Askatsuna que significa - Pátria basca e liberdade - motivo étnico) - o povo basco, cuja a língua e cultura tem origem obscura, mantém sua identidade apesar da centenas de anos sob domínio espanhol e francês. Na Espanha, terroristas começaram a lutar pela independência em 1968 e nos anos 70 aparece o grupo terrorista ETA, que reivindica a independência. O presidente socialista Felipe Gonzales foi acusado de ligação com os esquadrões da morte dos GAL, que exterminavam ativistas bascos. 
O Ira na Irlanda do Norte - O IRA é a base do separatismo da Irlanda do Norte (não se esqueça dos acordos de paz assinados pelo Shin Fein, braço direito do IRA). Neste caso os católicos do Ulster - Irlanda do Norte - que são a minoria querem se unir a Irlanda. Já os protestantes maioria querem permanecer unidos ao Reino Unido. 
A Antiga Iugoslávia - O caso da Iuguslávia esta associado a vários povos eslavos do antigo império Austro-Hungaro, só unificado por Josefh Tito nos anos 40 para livrar-se da forças de Hitler. Como a URSS foi quem deu o apoio a Iugoslávia caiu sob influência das forças Soviéticas depois do término da guerra. Tito governou estas etnias sob pulso forte, fazendo rotatividade de governo até crise Soviética (Perestróika e Glasnost nos anos 80) quando morre. Como um efeito bumerangue foram caindo os sistemas socialistas do Leste Europeu provocando uma sangrenta guerra civil. 
Daí os Sérvios que se intitulam a Iugoslávia vão ser os principais protagonistas dos massacres principalmente contra albaneses da região de Kossovo, provocando uma Reação da OTAN. Esta, muito mais do que fazer uma guerra humanitária, queria mostrar poderio bélico recuperando terreno perdido para a URSS durante a Segunda Guerra. Milosevic, ditador que levou o país a fatídica guerra perdeu a eleição e querendo manter-se no poder a qualquer custo viu-se obrigado a renunciar. Milosevic está preso aguardando julgamento. 
Hoje após os acordos de DAYTON (1995) a Bósnia está dividida em duas Federação Muçulmana Croata e República Sérvia de Srepska. Agora os Albaneses massacrados no passado pelos Sérvios e fortalecidos pelo apoio da ONU entraram em graves conflitos com os Macedônios pela criação da Grande Albânia. 
Chechênia na Rússia - A maioria da população é Muçulmana Sunita. Região rica em minério e petróleo entre o Mar Negro e o Mar Cáspio. Geoestratégica para a Rússia e situada nos Montes Cáucaso. A Chechênia, (declarou independência e foi severamente reprimida). 

ÁSIA


Oriente Médio


Considera-se atualmente Oriente Médio toda a região que vai da Turquia, a oeste, até o Afeganistão, a leste, tendo como centro a parte asiática do Egito (predominantemente um país africano), Israel, Jordânia, Síria, Líbano, Iraque, Irã e os países da península Arábica: Arábia Saudita, Kuwait, Iêmen, Omã, Bahrein, Catar e Emirados Arabes Unidos a Também no Oriente Médio está situado Chipre, país é que ocupa a maior parte de uma pequena ilha do e- Mediterrâneo, com 9 200 km2; um terço desse total é está sob controle turco por sua vez, parte do território da Turquia fica na Europa, mas, por causa da religião muçulmana, da sua tradição histórica e dos valores do povo, a Turquia é considerada um país 10 asiático e pertencente ao Oriente Médio.

Aspectos físicos


 Predomina no Oriente Médio o clima desértico, lembrando o deserto do Saara, do norte do continente africano. Em alguns trechos, especialmente próximos ao litoral, o clima é subtropical mediterrâneo. Aí se concentra a maioria da população.
O relevo em geral é baixo, com exceção das partes leste e, especialmente, norte dessa região - Afeganistão, norte do Irã e da Turquia -, onde surgem planaltos e cadeias de montanhas. A principal planície é a da Mesopotâmia, localizada na Síria e, principalmente, no Iraque. Essa planície, formada pelos rios Tigre e Eufrates, apresenta grandes densidades demo gráficas e nela se cultivam vários gêneros agrícolas, como arroz, trigo, cevada e algodão.
A estrutura geológica, formação geológica dos terrenos, suas rochas e recursos minerais -constitui uma característica fisiográfica importantíssima para o Oriente Médio. Aí predominam as bacias sedimentares, especialmente na península Arábica e ao redor do golfo Pérsico que são áreas rebaixadas e preenchidas por rochas sedimentares. São bacias sedimentares que atendem plenamente às condições necessárias para a ocorrência de hidrocarbonetosl, ou seja, existe aí um anticlíneo (formação curva ou em forma de cúpula), uma fenda que foi preenchida há milhões de anos por organismos marinhos que ficaram aprisionados no meio de camadas rochosas e transformaram-se em petróleo e gás no decorrer desse tempo. Esse anticlíneo foi produzido pela colisão de duas placas tectônicas, a placa Eurasiana e a Árabe, que têm uma zona de encontro nessa região.


Aspectos políticos



 O Oriente Médio é uma das principais áreas estratégicas de todo o mundo em virtude de sua importância econômica e militar. Aí se localiza grande parte das reservas mundiais de petróleo e de gás natural. Calcula-se que cerca de 65% das reservas mundiais de petróleo e 30% das de gás natural estejam no subsolo dessa região. Como se sabe, é do petróleo que são extraídos o querosene, a gasolina, o óleo diesel combustíveis muito usados na indústria moderna. O petróleo serve também como fonte de energia para usinas termelétricas e como matéria-prima das indústrias petroquímicas, de plásticos e derivados.
Aí se encontram alguns dos maiores produtores e exportadores mundiais de petróleo: Arábia Saudita, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Irã, Iraque, etc. Mas, além da produção e exportação de petróleo, o Oriente Médio apresenta muitas tensões e conflitos  religiosos, sociais e fronteiriços , que costumam periodicamente dar origem a guerras locais ou até mesmo a movimentos terroristas internacionais. Vejamos, a seguir, os principais problemas dessa região.
Alguns países, como os Emirados Árabes Unidos, a Arábia Saudita, o Kuwait e Israel, possuem elevada renda per capita, porém apresentam violentas desigualdades e injustiças sociais. Em todos eles há o uso intenso de força de trabalho estrangeira que ganha salários baixíssimos e não tem os direitos de um cidadão. Em Israel emprega-se mão-de-obra palestina; nos Emirados Árabes Unidos, na Arábia Saudita e no Kuwait utiliza-se mão-de-obra indiana, paquistanesa, palestina, egípcia, etc. Esses três países apresentam ainda minorias com rendas altíssimas, que investem capitais nos países mais desenvolvidos, e uma maioria -especialmente os trabalhadores estrangeiros -com baixo padrão de vida.
Deve-se destacar a difícil questão de pôr em prática os termos do acordo entre Israel e a OLP (Organização para a Libertação da Palestina), que, em 1993, depois de 46 anos de terríveis conflitos, ações terroristas, guerras e milhões de mortes, levaram ao reconhecimento recíproco de ambos os povos. Esse reconhecimento político-diplomático é o primeiro passo para resolver a complicada questão do povo palestino, desprovido de território desde a criação do Estado de Israel (1948).
Outras questões importantes são a da difícil convivência da religião muçulmana, que predomina nessa região de forma absoluta, com outras religiões (judaísmo, catolicismo e cristianismo ortodoxo oriental) e os conflitos internos do próprio islamismo, entre os xiitas, mais radicais, que predominam no Irã, no Iraque e no Iêmen, e os sunitas, mais moderados, que constituem a maioria nos demais países islâmicos.
Com o fim da guerra fria, as disputas políticas desses países em torno dos centros mundiais de poder mudaram de natureza, mas continuam a existir. Até o final da década de 1980, havia uma acirrada disputa entre aliados dos Estados Unidos e da União Soviética nessa região; desde os anos 1990, existe uma tendência de união dos povos muçulmanos contra o Ocidente simbolizado principalmente pelos Estados Unidos, em primeiro lugar, e pelas potências da Europa ocidental. Apesar de rivais, os regimes políticos do Irã e do Iraque promovem uma permanente campanha para isso, advogando (geralmente até com o investimento de milhões de dólares anuais em propaganda, doutrinação ou treinamento de pessoas, etc.) uma oposição de todos os islâmicos ao Ocidente, que é visto como culpado pelos problemas da região e do mundo. Todavia, outros países em particular a Arábia Saudita  continuam aliados do Ocidente e, especialmente, dos Estados Unidos.
Com tudo isso, podemos perceber por que o Oriente Médio, às vezes, é chamado "barril de pólvora". De fato, alguns dos principais conflitos armados das últimas décadas ocorreram nessa região:

·         Guerra dos Seis Dias, em 1967, entre Israel e vizinhos árabes;
·         Guerra do Yom Kippur, em 1973, novamente entre Israel e vizinhos árabes;
·         Guerra entre o Irã e o }raque, iniciada em 1980 e encerrada em 1988;
·         Ocupação do Afeganistão por tropas soviéticas durante nove anos (a retirada dessas tropas ocorreu em 1989);
·         Guerra civil no Líbano, que teve início em 1975 e terminou em 1991;
·         Guerra do Golfo, em janeiro e fevereiro de 1991, quando tropas norte-americanas e de outros países aliados (Reino Unido, França, Arábia Saudita, Egito, etc.) retomaram o Kuwait, que havia sido invadido pelo Iraque em agosto de 1990;
·         Bombardeios sobre o Afeganistão, em 2001, depois que um atentado terrorista nos Estados Unidos - que teria sido realizado por um grupo abrigado no Afeganistão -levou os Estados Unidos a bombardear esse país e a derrubar o seu governo, substituindo-o por um outro;
·         Nova guerra do Golfo, em 2003, quando as forças armadas dos Estados Unidos e do Reino Unido, com o apoio de alguns outros Estados, invadiram o Iraque e promoveram a queda do seu regime político com o pretexto de que esse governo estaria fabricando armas de destruição em massa, auxiliando grupos terroristas e não respeitando os direitos humanos de sua população.

Em virtude de conflitos territoriais, da importância do petróleo dessa região e de sua localização estratégica -vizinha da Europa -, é muito grande a presença militar estrangeira no Oriente Médio e nas regiões próximas.
Os navios de guerra, principalmente norte-americanos, vigiam permanentemente o mar Mediterrâneo, o mar Vermelho, o norte do oceano Índico, aí denomina do mar Arábico, e o golfo Pérsico. Essas águas, importantíssimas para a navegação mundial, são também muito perigosas por serem extremamente militarizadas.
A colocação de minas em certos trechos dessas águas marítimas como no golfo Pérsico, pelo Irã e pelo Iraque, por exemplo tem sido comum durante os últimos anos, assim como os conflitos navais, os bombardeios de navios e lanchas e os ataques terroristas.



Afeganistão


Na realidade, o Afeganistão é um país arrasado por inúmeras guerras: contra os soviéticos, contra movimentos guerrilheiros internos e contra uma coalizão liderada pelos Estados Unidos, que bombardeou duramente o território afegão em 2001.
Em 27 de dezembro de 1979, a ex-União Soviética invadiu o Afeganistão por ter interesses políticos na região. Os dirigentes soviéticos justificaram essa ocupação como uma tentativa de proteger o socialismo afegão. Alegaram também que tal ato era uma resposta a um pedido de ajuda militar do governo desse país para sufocar o forte movimento oposicionista e guerrilheiro. Mas o governo da época, liderado por Babrak Karmal, acabou sendo deposto pelos próprios soviéticos, que colocaram em seu lugar um governante ainda mais submisso a Moscou.
A estratégia soviética de tentar manter um governo aliado sem o apoio popular e tentar conter a expansão do radicalismo islâmico acabou fracassando. Em 1989, as tropas soviéticas abandonaram o Afeganistão, em virtude não só da forte reação dos guerrilheiros como também do agravamento dos problemas internos (forte crise econômica e política) da União Soviética.
A saída dos soviéticos não resultou num período de paz e reconstrução do Afeganistão, pois logo em seguida ocorreu uma guerra civil entre os diversos grupos guerrilheiros. Estes na verdade representavam etnias ou oposições religiosas diferentes e se uniram apenas durante algum tempo para combater o inimigo comum, os soviéticos.
Após uma fase de intensas disputas pelo poder, em 1995 assume o governo do país o grupo guerrilheiro Taliban, apoiado pelo Paquistão e formado por fundamentalistas sunitas da etnia patane (majoritária no Afeganistão e no Paquistão). O governo taliban, que durou até dezembro de 2001, pouco contribuiu para reconstruir a economia afegã, pois se preocupou mais com a imposição de determinadas regras morais, extremamente rígidas: os canais de televisão e todos os cinemas foram fechados, manifestações musicais foram proibidas, as mulheres foram impedidas de sair sozinhas de casa (além de terem sido obrigadas a usar uma roupa que cobre todo o corpo e o rosto, a burca), os homens foram proibidos de se barbear, etc. Durante os seis anos do governo do Taliban, grande parte da população só se alimentou graças à ajuda internacional.
Em setembro de 2001, ocorreram alguns fortes atentados terroristas contra os Estados Unidos (em Nova York e em Washington), e as autoridades norte-americanas culparam o grupo terrorista Al - Qaeda por esses atos. A principal base e os campos de treinamento desse grupo terrorista situavam-se no Afeganistão. Como o governo taliban se recusou a prender os líderes da Al-Qaeda, os Estados unidos, com o auxílio da ONU e de inúmeros Estados, promoveram fortes bombardeios sobre o Afeganistão, além de apoiarem um outro grupo guerrilheiro afegão, a Aliança do Norte, que combatia o governo do Taliban. Isso tudo produziu uma enorme matança, uma grande destruição dos poucos edifícios, aeroportos e estradas do país e, em dezembro de 2001, o governo do Taliban foi oficialmente encerrado.


Irã


Com uma área de f 1 648 732 km2 e uma população de 73 milhões de habitantes, o Irã tem a maior população e o segundo maior  território do Oriente Médio, precedido pela Arábia Saudita.
A revolução islâmica de. 1979 instalou um regime político profundamente religioso e antiliberal. Com base no Corão, o governo, entre outros atos, vedou a música e a dança ocidentais, proibiu homens e mulheres de freqüentarem juntos praias ou piscinas e determinou que, nas universidades, as mulheres sentem-se atrás dos homens durante as aulas e nunca olhem diretamente nos olhos do professor nem lhe dirijam a palavra. Esses atos e muitos outros, fundamentados no islamismo mais radical-o xiismo-, são estranhos para os ocidentais, embora não o sejam para esse povo que há séculos convive com eles.
Com a revolução islâmica, o Irã contestou radicalmente a hegemonia dos Estados Unidos, a quem qualificou con19 o "grande Satã" e com o qual suas relações permanecem tensas até hoje. Em 1995, os Estados Unidos colocaram em prática uma política de embargo comercial ao país, na tentativa de levá-lo a respeitar os direitos humanos e de pôr fim às suas ações terroristas na região e no mundo inteiro, pois ele havia se tornado o maior incentivador da expansão do islamismo mais radical, gastando milhões de dólares por ano com essa finalidade.
Contando com o voto das mulheres, dos intelectuais e dos jovens interessados em reformas políticas, o político moderado Mohamad Khatami foi eleito presidente em 1997. De fato, seu governo assinala a retomada de relações políticas e econômicas mais estreitas com a União Européia e mesmo com os Estados Unidos, mas enfrenta muitas dificuldades internas, pois alguns postos-chaves da administração do Estado continuam nas mãos dos políticos mais conservadores, contrários a qualquer  mudança.
O Irã, todavia, ainda não se refez das consequências da longa guerra com o Iraque, que se estendeu de 1980 a 1988 e só terminou pelo esgotamento da capacidade de continuação dos combates, especialmente por parte do Irã. Na verdade, encerraram-se os combates, mas os dois Estados ainda não assinaram um tratado de paz.


Criação do Estado de Israel



A criação de um Estado israelense era idéia de um movimento judeu denominado sionismo, que, desde o final do século XIX, luta pela reunificação do povo judeu na terra chamada Canaã nos tempos bíblicos. Esse movimento incentivou a migração de judeus de diversas partes do mundo para a Palestina de 50 mil no início do século XX, os judeus dessa área passaram para mais de 480 mil em 1947. Em vista  disso, os conflitos entre judeus e palestinos começa- i ram a se multiplicar.
 Percebendo o enfraquecimento de sua dominação nessa área e a intensa rivalidade entre esses povos, r em 1936 os britânicos propuseram um plano para a divisão da Palestina em três partes, que foi recusado pelos interessados.
Entre 1947 e 1948, o mundo acabava de sair da Segunda Guerra Mundial e as potências européias, entre as quais o Reino Unido, estavam perdendo seu poderio, com a independência de suas colônias na Ásia e na África. Como uma das grandes vítimas da guerra e do nazismo havia sido o povo judeu, a opinião pública internacional era amplamente favorável à criação de uma pátria para esse povo, que vivia e ainda vive, em parte espalhado por inúmeros países, especialmente nos Estados Unidos e na Europa.
Assim, o Estado de Israel foi criado em 1948, quando a ONU, recém constituída na época, estabeleceu um plano para a divisão da Palestina em três partes: um Estado judeu, um Estado árabe e uma cidade -Jerusalém -, que, por seu significado religioso, deveria ser internacionalizada e ficar sob o controle da ONU. Essa área, juntamente com outra vizinha a leste da Transjordânia, onde hoje se encontra a Jordânia e parte de Israel, pertencia ao imenso império colonial que os britânicos criaram na Ásia a partir do fim do século XIX.
O grande problema é que a criação de Israel não ocorreu como tinha sido previsto, pois os governos israelenses acabaram expandindo o território e ocupando toda a Palestina. Com isso, os conflitos militares, já comuns entre judeus e árabes, passaram a ser mais freqüentes e violentos, e os palestinos, expulsos de suas terras, acabaram ficando sem território.


Conflitos Árabe-israelenses



Os israelenses se impuseram à força na área destinada ao recém-criado Estado de Israel e ampliaram o seu território. Já em 1948-1949 eclodiu uma violenta guerra entre Israel e países árabes vizinhos, na qual Israel conquistou novas terras e aumentou em 50% o seu território. Com a guerra dos Seis Dias, em 1967, Israel ocupou áreas no Egito, na Síria e na Jordânia, ampliando sua extensão territorial de 20 900 km2 para 89 400 km2. A área cedida inicialmente pela ONU era de apenas 14400 km2.
Em 1973, na guerra do Yom Kippur, o Egito e a Síria tentaram sem sucesso retomar as áreas de seus territórios anexadas por Israel em 1967. Com a assinatura dos Acordos de Camp David, em 1979, Israel concordou em devolver ao Egito a península desértica do Sinai. Após a devolução dessas terras ao Egito, Israel passou a ter uma área de 20 325 km2. Todavia, o Estado israelense ocupa outras áreas que, oficialmente, não fazem parte do seu território: Golan (1500 km2), Cisjordânia3 (5879 km2), a parte leste de Jerusalém (70 km2) e a Faixa de Gaza4 (378 km2). Essas áreas, objeto de disputas e negociações, são pleiteadas pelos árabes e estão sendo gradativamente devolvidas a eles. As negociações, que existem desde 1994, envolvem o povo palestino, a Síria e os Estados Unidos, este último na qualidade de mediador ou grande potência mundial interessada na paz.



A expansão do islamismo



O fundamentalismo islâmico prega um Estado regido apenas pelas leis do Corão, o livro sagrado dos muçulmanos. Em um regime político islâmico não há distinção entre religião e política, como no caso do Irã e, em parte, da Arábia Saudita e do Sudão.
Divididos em sunitas e principalmente xiitas, os fundamentalistas concordam num ponto: romper com a influência do Ocidente capitalista, considerado o "grande Satã", e substituir as leis do homem pela xariá, um conjunto de regras presentes no Corão e na tradição oral associadas ao profeta Maomé. Do norte da África ao sudeste da Ásia, o fundamentalismo islâmico vem modificando a vida de milhões de pessoas, assustando os governos dos países ricos. Onde j s se instala, é causa de turbulência. Vejamos alguns casos: no Egito confronto entre o terror islâmico e o governo já deixou centenas de mortos e afugentou j a turistas;

·         na Argélia -provocou uma guerra civil que matou milhares de pessoas e deixou o país sem saber o que é pior: a ditadura militar que domina o país, ou um governo teocrático semelhante ao do Irã;
·         nos territórios palestinos ocupados por Israel- os fundamentalistas do grupo terrorista Ramas torna- ram-se o grande obstáculo ao acordo de paz entre a Autoridade Palestina e Israel;
·         no Líbano, no Afeganistão, na Jordânia, na Índia e nas novas nações asiáticas oriundas da dissolução da União Soviética (Turcomenistão, Quirguízia, Usbequistão, Tajiquistão) -os fundamentalistas também crescem e, especificamente na Índiá, entram em choques freqüentes com os hindus.


Iraque


O Iraque representa um caso especial entre os países árabes e também no Oriente Médio em geral. O país, que já foi mais rico no passado, pois tem a segunda reserva mundial de petróleo (inferior somente à da Arábia Saudita), se encontra, há algumas décadas, num estado de extrema penúria com uma enorme falta de alimentos, de remédios, de bens e equipamentos. Isso porque, até 2003, foi governado por um partido único e oficial, que não admitia oposições nem liberdades democráticas, e existia a ditadura pessoal do seu líder, Saddam Hussein, que se apoderou de grande parte das riquezas do país: dos principais bancos e indústrias, das propriedades rurais, dos poços de petróleo, etc.
Saudita, que têm interesses (ações, propriedades) nas economias desenvolvidas e importadoras. Por isso o Iraque invadiu o Kuwait, em agosto de 1990, procurando anexá-lo ao seu território. O Kuwait, pequeno país vizinho do Iraque, possui grandes reservas de petróleo (a terceira maior do mundo) e uma ótima saída para o mar, algo que os iraquianos sempre almejaram.
No entanto, a reação do resto do mundo a essa invasão, e em particular dos Estados Unidos, acabou pegando o Iraque de surpresa. A ONU decretou um boicote comercial ao Iraque: nenhum país comprava produtos do Iraque nem vendia nada a ele. Além disso, foi dado ao governo iraquiano um prazo, até o início de 1991, para a retirada de suas tropas do Kuwait. Caso essa retirada não ocorresse, como não ocorreu, as tropas das forças aliadas - lideradas pelos Estados Unidos e com a participação de outros países (Reino Unido, Itália, França, Egito, Arábia Saudita, etc.) iniciariam uma guerra contra o Iraque pela libertação do Kuwait. A antiga União Soviética, que até o final dos anos 1980 sempre se opôs aos Estados Unidos, ajudando os países adversários dessa superpotência, nada fez para auxiliar o Iraque.
Após intensos bombardeios, as tropas iraquianas foram desalojadas do Kuwait em março de 1991 e o saldo dessa breve, mas intensa guerra foi catastrófico para esses dois países árabes: destruição de cidades e instalações industriais principalmente petroquímicas; derramamento de petróleo no mar, o que causou grande poluição; e poços de petróleo em chamas, o que provocou enorme concentração de gases venenosos na atmosfera e até nas poucas fontes de água potável.
No início do século XXI, o Iraque foi acusado pelos Estados Unidos e por outros países, e até mesmo pela ONU, de fabricar e armazenar grandes quantidades de armas químicas e biológicas, além de tentar produzir bombas atômicas. Os precários recursos do país estariam sendo investidos no setor militar. O Iraque negou essas acusações, mas elas teriam sido confirmadas por inúmeros depoimentos de técnicos e cientistas que conhecem bem o assunto, inclusive alguns que já trabalharam no Iraque. Por esse motivo, a ONU, pressionada pelos Estados Unidos, decretou um boicote ao Iraque, que não podia exportar grandes quantidades de petróleo ( a sua maior fonte de renda), mas apenas o mínimo para comprar os alimentos e remédios de que necessitava.
Em 2003, os Estados Unidos e o Reino Unido, mesmo sem o aval da ONU, resolveram invadir o país e derrubar o seu governo, instalando um outro regime político, em tese, menos agressivo para com o Ocidente.

SUL DA ÁSIA

Aspectos gerais



Conhecido também como Subcontinente Indiano, o sul do continente asiático é o conjunto regional que vai do Paquistão, a oeste, até Mianmal, a leste, abrangendo a Índia, o Sri Lanka, as Maldivas, o Nepal, o Butão e Bangladesh. O Sri Lanka e as Maldivas são insulares.
Nessa região, uma das mais pobres do mundo, todos os países, sem nenhuma exceção, apresentam baixíssima renda per capita; a maior renda é a das Maldivas: apenas mil dólares; as menores são a de Bangladesh e a do Nepal: cerca de 220 dólares. São altos os níveis de pobreza e subnutrição. Apenas a Índia apresenta um certo grau de industrialização, que, porém, é insuficiente se considerarmos a sua imensa população.
O relevo dessa região é montanhoso ao norte. Existe aí um prolongamento da cordilheira do Himalaia, que apresenta as maiores altitudes da superfície terrestre. Países como o Nepal e o Butão, situados no norte desse conjunto, são quase totalmente montanhosos. Já para o sul as altitudes são menores, com a alternância entre planaltos e planícies. Aí se destaca a planície Indo-Gangética, constituída pelas bacias dos rios Indo e Ganges, os mais importantes dessa região.
O clima do Sul, assim como o do Sudeste da Asia, é o mais úmido do globo, com chuvas abundantes no verão e um forte calor tropical. É o chamado clima tropical monçônico, ou clima monçônico, resultado dos ventos de monções, que mudam de sentido durante o ano.
No verão, esses ventos vêm do oceano Índico para o Sul e para o Sudeste Asiático, onde a pressão atmosférica está baixa. No inverno, eles sopram em sentido contrário, saindo da Ásia por causa das elevadas pressões atmosféricas que aí prevalecem.
As monções de verão, que se dirigem ao continente asiático, são muito úmidas, provocado chuvas abundantes. Não é por acaso que na Índia foram registrados os maiores índices mundiais de pluviosidade.



Economia



A economia dos países do Sul da Ásia em geral baseia-se na agricultura, com exceção da Índia, que possui uma atividade industrial expressiva para um país do Sul. Os principais produtos cultivados são: chá, algodão, trigo, juta, arroz, tabaco, milho e cana-de-açúcar.
Existem grandes áreas com monoculturas voltadas para a exportação. São as plantations, cultivadas desde a época em que os ingleses colonizaram essa região. O chá, assim como o tabaco e o algodão, é um produto típico para o mercado externo.
Nessa região asiática também ocorre um dos grandes problemas do Sul: o uso dos melhores solos para cultivos de exportação, ficando os piores para a produção de alimentos necessários à população. Índia, Bangladesh e Paquistão, países com enormes populações, apresentam problemas de insuficiência alimentar em larga escala.

Papel da religião


As religiões predominantes nessa região da Ásia são:

·         hinduísmo -praticado na Índia, especialmente, por cerca de 82% da população, bem como no Nepal, em Mianma, no Sri Lanka e em Bangladesh;
·         muçulmanismo ou islamismo -predominante em Bangladesh, nas Maldivas e no Paquistão;
·         budismo- predominante no Sri Lanka e no Butão, mas praticado por minorias na Índia, no Paquistão e em Bangladesh.

Entre as religiões minoritárias, destacam-se o cristianismo seguido por minorias no sudoeste da Índia e principalmente o sique (ou sikh) -, adotado por povos siques na região do Punjab, norte da Índia. Nessa região, são freqüentes os conflitos entre siques e hinduístas por motivos religiosos.
A religião nessa parte da Ásia é um elemento muito importante, pois desempenha um papel político fundamental em todos os países. As diferenças religiosas entre os povos são um dos principais motivos de grande parte dos conflitos armados e dos movimentos separatistas que aí ocorrem, bem como da divisão da antiga Índia em três países independentes: Índia, Paquistão e Bangladesh.

 A Índia

O Subcontinente Indiano, que tem a forma de um triângulo, é atravessado pelo trópico de Câncer praticamente no meio de seu território e ocupa uma enorme planície, a planície do Ganges, e onde encontramos algumas das maiores densidades demográficas de todo o mundo. Ao norte, na cordilheira do Himalaia, encontram-se picos com altitudes superiores a 6 000 m; do centro do território em direção ao oceano Indico, localiza-se o planalto do Deca.
O desempenho da economia indiana, porém, deixa muito a desejar no que se refere às condições de vida da população: seu PNB é de cerca de 450 bilhões de dólares, o que corresponde a 70% do PNB do Brasil, país que possui menos de um quinto da população indiana. A renda per capita é de cerca de 450 dólares, contra 3 600 dólares do Brasil. A expectativa de vida da população indiana é de 62 anos, a taxa de analfabetismo está entre as maiores do mundo: 35% entre a população masculina e 65% entre a feminina.
A precariedade das condições de vida da população desse país asiático se agrava ainda mais quando levamos em conta as profundas diferenças étnico-religiosas, econômicas e políticas entre as várias regiões da Índia. Sua organização política é um complicador importante: a Índia é uma república federal, formada por 25 estados e sete territórios, em que o governo central, mais conhecido como Centro, se impõe aos estados federais, pois eles dependem financeiramente do Centro. Os Estados membros, por sua vez, disputam entre si benefícios do Centro; por exemplo, incentivos para a industrialização. Em alguns deles, porém, a disputa maior decorre dos recentes problemas ligados ao i abastecimento de água para a irrigação, vital para a atividade agrícola em algumas regiões do país (mais de 70% da população hindu ainda vive no campo).


Castas indianas



O sistema de castas é uma das principais, talvez a mais importante, característica da sociedade indiana e de alguns países vizinhos no Sul da Ásia, nos quais predomina a religião hinduísta. É difícil para nós, ocidentais, entender o sistema de castas porque vivemos em sociedades baseadas em valores individualistas e igualitários, em que todos nascem iguais do ponto de vista de direitos e deveres. Numa sociedade de castas, ao contrário, os valores mais importantes são os da hierarquia, e o grupo (família, casta) é mais importante que o indivíduo.
 Só conseguimos entender as diferenças de cor da pele e; principalmente, as de classes sociais: ricos e pobres, capitalistas e trabalhadores. Mas as castas não são classes nem raças ou etnias, também não se definem pela riqueza ou pelas propriedades, tampouco pela cor da pele das pessoas. Elas são complexas,  seu significado varia de região para região e caracterizam-se por vários fatores: pureza e impureza, superioridade e inferioridade cultural ou religiosa, profissão original ou habitual, casamentos endógenos, hábitos alimentares e de vestimenta, etc.
Nos dois extremos do sistema de castas temos os brâmanes, originalmente sacerdotes, considerados superiores ou mais puros, e os intocáveis, ou párias, servidores considerados impuros e inferiores, que, no meio rural, moram em casebres separados das aldeias, não podem usar a mesma água ou poço que os demais, não podem se banhar no rio Ganges, considerado sagrado, etc. No entanto, existem vários grupos diferentes de brâmanes e de intocáveis e um número incalculável de outras castas ou subcastas, ao redor de milhares.


SUDESTE DA ÁSIA



Aspectos gerais


 Conjunto regional localizado entre o oceano Índico, a oeste, e o oceano Pacífico, a leste, o Sudeste da Ásia constitui um ponto de contato entre a Ásia e a Oceania. Ao sul de alguns países insulares do Sudeste Asiático, como a lndonésia, situam-se a Austrália e as ilhas que, junto com ela, formam a Oceania ou Novíssimo Continente. Costuma-se dividir essa região asiática em duas porções fisicamente diferentes: a parte continental e a parte insular.
Existem atualmente dez países independentes no Sudeste Asiático: quatro localizados na sua porção continental, Càmboja, Vietnã, Laos e Tailândia  e seis localizados na porção insular Cingapura, Brunei, Filipinas, lndonésia, Mal ásia ( ou Malaísia) e Timor Leste.
Quase todos os países continentais estão situados na península da lndochina. Essa península constitui uma espécie de prolongamento, para o mar, da China e de Mianma.


 População e economia



A população dos países desta região é predominantemente rural, concentrando-se no litoral e nos vales fluviais. No Camboja, por exemplo, cerca de 84% da população ainda vive no meio rural- e apenas 16% nas cidades. No Vietnã, cerca de 76% da população total ainda vive no meio rural: na Tailândia, 78%; no Laos, 76% e na Indonésia, 60%. Apenas o Brunei tem uma elevada proporção de população   urbana (72%), seguido pelas Filipinas (62%) e pela Indonésia (60%).
Dois países se destacam, nesse conjunto regional, por sua elevada renda per capita e seu alto grau de industrialização: Cingapura e Malásia. Os demais países, com exceção de Brunei, são predominantemente agrários, com pouquíssima industrialização e baixa renda per capita. Apesar de pouco t industrializado, o Brunei possui uma das maiores rendas per capita do mundo: cerca de 12 500 dólares. Isso se deve à sua produção de petróleo e à sua pequena população: apenas cerca de 350 mil habitantes.
A Mal ásia e, principalmente, Cingapura são países que tiveram um rápido crescimento industrial nos últimos vinte anos, em grande parte impulsionado por investimentos estrangeIros.
Além da mão-de-obra barata (com baixos salários) e disciplinada (com poucas greves), um fator que muito contribuiu para a industrialização dessas duas nações foi a sua relativa estabilidade política. Elas apresentam uma situação muito diferente da dos demais países dessa região asiática, onde predomina uma política conturbada, com freqüentes guerras, movimentos de guerrilhas e violentos conflitos internos e/ou de fronteiras.
A Malásia, que é o maior produtor de estanho e borracha natural do mundo, possui inúmeras indústrias siderúrgicas, petroquímicas, eletrônicas e outras.
Cingapura, que é um dos Tigres Asiáticos (juntamente com alguns países situados no leste da Ásia, como veremos no próximo capítulo), destaca-se por seus variados tipos de estabelecimentos industriais - construção civil, indústria petroquímica, eletrônica, etc. -e também por ser um importante entreposto do comércio mundial. O porto de Cingapura, situado na Cidade de Cingapura capital e maior centro urbano e industrial do país , é uma importante rota da navegação internacional do oceano Indico para o Pacífico.
O principal produto agrícola de quase todos os países do Sudeste Asiático é o arroz, alimento básico da população. O cultivo do arroz é praticado em vales fluviais de forma intensa, com elevada produtividade. É a chamada agricultura de jardinagem, com intenso uso de mão-de-obra e grande aproveitamento do solo. Outros produtos agrícolas importantes são: borracha (plantações de seringueiras), café, cana-de-açúcar, chá e pimenta-do-reino. Todos esses produtos destinam-se principalmente à exportação.
O petróleo é a base da economia da lndonésia, que exporta esse recurso mineral. Porém, as exportações de petróleo não contribuíram muito para elevar os baixos padrões de vida e a renda per capita de sua imensa população. A lndonésia é o quinto país mais populoso do mundo, com cerca de 210 milhões de habitantes.
Na Tailândia, especialmente na parte norte do país, existe um intenso cultivo de plantas das quais são extraídos dois narcóticos': ópio e heroína. O comércio dessas drogas, exportadas por via clandestina pela Tailândia é muito importante para a economia do país.
Como já mencionamos, tirando Cingapura, Malásia e Brunei, o padrão de vida no Sudeste Asiático é baixíssimo, conforme podemos observar na tabela a seguir. Vale relembrar que Cingapura será estudada também no próximo capítulo juntamente com os Tigres Asiáticos.



EXTREMO ORIENTE


Aspectos Gerais


O Extremo Oriente corresponde à porção leste do continente asiático, situada nas proximidades do oceano Pacífico. Com exceção da Rússia, um gigantesco país que se prolonga da Europa ao extremo leste da Asia, pode-se dizer que as nações do Extremo Oriente ocupam a parte mais oriental do continente asiático.
Existem seis países independentes no leste asiático: China, Mongólia, Japão, Coréia do Norte, Coréia do Sul e Formosa ( ou Taiwan). Devemos nos lembrar também de Macau e de Hong Kong, que pertencem à China embora apresentem uma relativa autonomia e marcantes diferenças em relação a esse imenso país. Eram territórios administrados por Portugal (Macau) e pela Inglaterra (Hong Kong) até a alguns anos e que, no fim do século XX, foram devolvidos à China, que se comprometeu a não intervir demais na vida econômica e na administração desses territórios ou cidades.
Com exceção da Mongólia e da Coréia do Norte, os países do Extremo Oriente possuem condições econômicas, assim como o nível de vida de suas populações, melhores que as demais regiões do continente. Essas condiçõessocioecon9micas do leste asiático em geral são inferiores apenas às da Europa ocidental e da América Anglo-Saxônica e bem superiores à média das demais grandes regiões do planeta: América Latina, África, Oriente Médio, Sul e Sudeste da Ásia, etc.
Situa-se nessa região uma das grandes potências econômicas mundiais -o Japão -, que pertence ao grupo dos países desenvolvidos, ou do Norte, e que será estudado separadamente no próximo capítulo. Também a imensa China, o país mais populoso e uma das principais economias do mundo atual, merece um capítulo à parte, pois apresenta inúmeras diferenças em relação aos demais Estados da região.

O meio fisiográfico


O relevo dessa região asiática é muito diversificado. Existem aí grandes cadeias de montanhas, como a do Himalaia, que abrange grandes áreas a sudoeste da China. Encontramos também extensas planícies com baixas altitudes, densamente povoadas e cultivadas, como aquelas formadas pelas bacias dos principais rios: Yang- Tsé- Kiang, Hoang- Ho e Sikiang.
O clima do Extremo Oriente é muito variado: vai desde o desértico (nas porções central e ocidental da China e da Mongólia) até o frio de altitude (na região de montanhas elevadas), passando pelo temperado, que predomina em extensas áreas.
Todos os países dessa região são voltados para o oceano Pacífico, com extensos litorais e inúmeros portos. A única exceção é a Mongólia, um país sem litoral, o que dificulta sua vida econômica e o torna dependente da Rússia. O Pacífico, que nessa região forma os mares do Japão, da China Oriental e da China Meridional, é a mais importante via de acesso dessas nações, pois os demais caminhos continentais são cheios de obstáculos naturais, com desertos a oeste, terras frias e congeladas ao norte e elevadas cadeias de montanhas ao sul

Mongolia e Coréia do Norte



A economia mongol é pastoril, baseando-se até hoje na pecuária, na criação de gado bovino e caprino o país conta com uma pequena industrialização de madeira, couro, vodca, cerveja , desenvolvida principalmente com a ajuda soviética. A indústria mongol se ressentiu da retirada dos operários chineses que nela trabalhavam, a partir de 1960, quando a China se afastou da União Soviética e, conseqüentemente, da Mongólia. O PNB da Mongólia é baixíssimo -apenas 900 milhões de dólares- e a renda per capita é de 380 dólares.
Os problemas geopolíticos entre a Mongólia e a China são grandes e vêm de muito tempo. A China atual já foi, no passado, ocupada pelos mongóis, na época em que Gêngis Khan construiu o poderoso Império Mongol. Por sua vez, o atual território da Mongólia foi parte do Império Chinês durante séculos. A Mongólia do Sul, ou Mongólia Interior, que atualmente pertence à China, já foi parte da Mongólia e até hoje é reivindicada por este país. Os chineses povoaram intensamente essa região com habitantes de origem chinesa e retiraram daí milhares de mongóis, para evitar futuros problemas de separatismo. Apesar das medidas tomadas pelo governo chinês, já ocorreram violentos choques armados nas fronteiras da Mongólia com a China, a ponto de tropas soviéticas terem se deslocado até essas áreas para impedir que a Mongólia fosse invadida pelo exército chinês.
A Coréia do Norte, com 120 mil quilômetros quadrados e cerca de 23 milhões de habitantes, é ainda um país essencialmente mineral e agrícola. Sua economia baseia-se na extração de carvão e ferro e nos cultivos de trigo, arroz, cevada, milho e algodão. A baixa renda per capita do país, de cerca de 700 dólares, contrasta violentamente com a elevada renda per capita da vizinha Coréia do Sul (mais de 10 mil dólares).
A produção agrícola, contudo, está voltada para o mercado interno, e não para a exportação, como ocorre na grande maioria das nações asiáticas, africanas e latino-americanas. As indústrias siderúrgica, metalúrgica e têxtil avançaram muito no país, embora ainda não sejam a base da economia.
A Coréia do Norte e a Coréia do Sul já estiveram unidas no passado, formando uma única nação. A divisão ocorreu logo após o fim da Segunda Guerra, quando o território coreano foi ocupado por tropas soviéticas e norte-americanas, que haviam expulsado daí os japoneses. Estes, por sua vez, haviam invadido a Coréia em 1910, quando o Japão imitava o exemplo europeu de dominar e colonizar  áreas fora de suas fronteiras.


Tigres Asiáticos



Cingapura, Coréia do Sul, Taiwan ( ou Formosa) e Hong Kong -cidade sob a administração colonial do Reino Unido até 1997, quando foi reincorporada à China -são internacionalmente conhecidos como Tigres Asiáticos. Isso se deve à grande prosperidade econômica -sobretudo industrial -que alcançaram nas últimas décadas, com algumas das mais elevadas taxas de crescimento do mundo. São Estados ou regiões que eram considerados pobres até a década de 1960, quando tinham indicadores socioeconômicos semelhantes ou, muitas vezes, inferiores aos do Brasil, Venezuela, México, África do Sul, Colômbia e outros países do Sul, e que, no entanto, conheceram sensíveis melhoras econômicas e até sociais nas últimas décadas.
A força de trabalho disciplinada, qualificada (os sistemas educacionais nesses países são de ótima qualidade e acessíveis à maioria da população) e inicialmente barata estimulou o crescimento dessas economias. Além desse, outros fatores foram importantes, como os incentivos aos capitais estrangeiros, a localização estratégica, o enorme esforço governamental para promover a industrialização gastando de forma eficiente os seus recursos, etc.
Os Tigres atualmente são quase economias do Norte, ou desenvolvidas, isto é, estão numa situação limítrofe, intermediária, com altas rendas per capita, uma distribuição social da renda não muito concentrada, elevadas expectativas de vida, baixos índices de analfabetismo e de mortalidade infantil, etc. Contudo, seria prematuro incluí-los no conjunto do Norte, pois não há neles toda aquela tradição de estabilidade política -ou seja, instituições democráticas -e um padrão de vida elevado há várias décadas, o que caracteriza os países desenvolvidos.
Até há pouco tempo eles eram economias pobres e Estados governados por ditaduras e que, ao contrário de alguns países europeus onde isso também ocorreu (caso de Portugal, por exemplo), não pertencem a um sólido megabloco como a União Européia. Assim sendo, eles dependem muito do resto do mundo, do mercado externo, que é fundamental para suas exportações, ao passo que os países mais pobres da Europa não têm essa dependência e contam com uma vizinhança muito mais próspera e estável.
O crescimento econômico dos Tigres teve como base a internacionalização, a preocupação com o mercado exterior. Suas exportações de bens industrializados no início, tecidos, roupas, brinquedos, bugigangas eletrônicas, etc. e, depois, nos anos 1980, aparelhos de videocassete, relógios a pilha, bicicletas, gravadores, televisores em cores, automóveis e até microcomputadores  multiplicaram-se a cada ano, absorvidas especialmente pelo mercado consumidor da América do Norte e da Europa. A Coréia do Sul com 99484 km2 e 47,3 milhões de habitantes, é o maior e o mais povoado dos Tigres Asiáticos. Cingapura, uma cidade-estado com apenas 618 km2 e 4,5 milhões de habitantes, é o menor e menos povoado dos Tigres, e também um local de elevada renda per capita e qualidade de vida em geral. Formosa ou Taiwan (ou ainda China Nacionalista), com 35 981 km2 e 21,8 milhões de habitantes, fica numa posição intermediária. Já a região ou cidade de Hong Kong, com apenas 1 067 km2 e 7 milhões de habitantes, tem uma posição original na medida em que não é um Estado independente.
Hong Kong tem uma renda per capita e uma qualidade de vida em geral muito superior ao restante da China, sendo uma cidade moderna e ocidentalizada, com uma vida econômica própria e independente de Pequim. Durante as negociações com o Reino Unido para a devolução de Hong Kong, a China se comprometeu a não interferir nessa cidade por pelo menos cinqüenta anos após a reanexação, o que significa até 2047.
A China não pretendeu simplesmente anexar essa cidade ao seu sistema de governo e à sua economia -o que poderia provocar a fuga de capitais e um retrocesso econômico -, mas sim dar-lhe uma certa autonomia, principalmente com relação à sua política econômica. O governo chinês montou um Conselho Administrativo nessa área, com a participação de representantes locais e autoridades chinesas, para que a mudança administrativa não causas se descontentamento na população e muito menos fuga de capitais. Afinal, grande parte da economia de Hong Kong é dependente da confiança dos investidores internacionais.
Por fim, vamos considerar um problema geopolítico entre Taiwan e a China, que não aceita até hoje a independência de Taiwan.
A ilha de Formosa, que já fez parte da China, proclamou sua autonomia em 1949, com o nome de República da China Nacionalista. Nessa ocasião, as tropas de Chang Kai-chek, que chefiava o governo da China, foram derrotadas pelas forças comunistas de Mao Tse-tung. Com a derrota, Chang Kai-chek e suas forças acabaram se refugiando nessa ilha, situada a leste da China, formando aí um novo governo e pro- clamando a sua independência. A China nunca aceitou a separação de Formosa e os conflitos entre os dois países sempre existiram, de 1949 até o presente. A situação ficou mais difícil para Formosa quando a China saiu de seu isolamento e abriu-se para o capitalismo internacional, o que começou por volta de 1974-1976.
Considerando a importância da China (principalmente o imenso mercado consumidor potencial ou virtual), os Estados Unidos, que até então estavam do lado de Formosa, resolveram restabelecer relações diplomáticas com os chineses e esfriar seus laços com Taiwan. Assim, em 1971, Taiwan retirou-se da ONU, pois a República Popular da China foi aceita nessa instituição pelos países membros. Como o governo chinês exigia que seu país fosse único representante da China na ONU, Taiwan teve de sair.
Nos últimos anos, a China já propôs várias vezes que representantes das duas partes se reunissem com a finalidade de buscar um acordo que levasse à reunificação dessa ilha com a nação chinesa. O governo de e Taiwan, contudo, sempre recusou essas propostas alegando incompatibilidade de sua economia capitalista com o socialismo chinês. No entanto, a atual política de abertura da China para o capitalismo veio enfraquecer esse argumento, O que deixa dúvidas em relação ao futuro de Formosa como nação separada do restante da China. Entretanto; inúmeras pesquisas de e opinião pública realizadas nos últimos anos em a Taiwan mostraram que a grande maioria da população a não se considera mais chinesa e não quer de maneira nenhuma que o país volte a fazer parte da China.

Japão

Aspectos gerais


O Japão ocupa um arquipélago no "círculo de fogo" do oceano Pacífico, área onde há um encontro de placas tectônicas. Isso explica a existência de vários vulcões em atividade naquele território, bem como a ocorrência de maremotos e terremotos freqüentes. O terremoto mais violento ocorreu em 1923 e atingiu Tóquio, matando cerca de 140 mil pessoas.
O país é formado por um conjunto de aproximadamente 4 mil ilhas num território de 377 748 km2. As quatro maiores e mais importantes dessas ilhas correspondem a 97% do território japonês. São elas: Hokkaido, Honshu, Shikoku e Kiushu. Nesse espaço relativamente reduzido pouco maior que o estado de São Paulo e com amplas extensões montanhosas (cerca de 80% da área total), vivem cerca de 127 milhões de habitantes. Esse fato explica a existência de elevadas densidades demográficas no país.
As atividades econômicas mais importantes estão concentradas nessas quatro ilhas. Para encurtar a distância entre elas, a engenharia japonesa construiu dois túneis e uma ponte entre Honshu e Kiushu. Entre Honshu e Shikoku, duas grandes pontes também estão sendo construídas; um imenso túnel, com 54 km de extensão, liga Honshu e Hokkaido.
Cerca de 80% do território japonês apresenta relevo montanhoso. As montanhas das ilhas Honshu, Shikoku e Kiushu exibem uma vasta vegetação sub-tropical. A ilha de Hokkaido é coberta de taiga. Essas condições permitiram uma intensa utilização da madeira, até mesmo para a construção de embarcações.
Embora a maior parte, do território japonês apresente relevo montanhoso, sua cultura mais característica e tradicional é a rizicultura ( cultivo de arroz). Da mesma forma que em outros países do Leste e do Sudeste Asiático, Tailândia, Filipinas, China, Indonésia e outros, a rizicultura japonesa é praticada na forma de agricultura de jardinagem, o que significa que predominam as pequenas propriedades rurais e, principalmente, que existe um intenso uso de mão-de-obra. O arroz japonês é tido como o mais caro do mundo e o produto importado é bem mais barato; essa atividade só continua graças aos enormes subsídios governamentais, que continuam a existir por causa da tradição da rizicultura e da sua importância para a cultura japonesa em geral.
Há muito tempo o país também se dedica à pesca, explorada simultaneamente por grandes e pequenas empresas. Pequenos portos para pesca são encontrados em toda a sua área costeira, principalmente no litoral do Pacífico, cujas águas são mais piscosas. Por causa do Regulamento Internacional de 1977, que limitou a pesca a 200 milhas marítimas do litoral de cada país, e também do grande consumo interno de peixe, o Japão desenvolveu a técnica de reproduzir algumas espécies em reservatórios de água doce.
Ao contrário do que ocorre nas outras potências econômicas mundiais, o Japão não apresenta importantes reservas de jazidas minerais, o que o leva a importar praticamente todo o petróleo que consome, além de 92% do ferro, 93% do manganês e 83% do cobre utilizados por suas indústrias. Apesar disso, o país é superindustrializado é a segunda economia nacional do mundo, atrás apenas da norte-americana e possui um grande desenvolvimento tecnológico.

Desenvolvimento industrial



Visando acompanhar o desenvolvimento tecnológico do mundo ocidental, o governo japonês já no século XIX começou a in vestir na implantação de estabelecimentos industriais em todos os setores nos quais o capital privado não tinha condições de atuar. Posteriormente, algumas dessas indústrias foram vendidas a baixo preço a empresários particulares, A venda de algumas empresas esta tais originou os zaibatsu, verdadeiros monopólios que tiveram um grande desenvolvimento entre as duas guerras mundiais, porque o governo japonês lhes proporcionou inúmeras vantagens e privilégios.
No final do século XIX, as empresas de materiais bélicos já desfrutavam de certos benefícios, pois o desenvolvimento da industrialização japonesa até a Segunda Guerra Mundial tinha objetivos militaristas. Da mesma forma que a industrialização livrou o país de qualquer dominação por parte de nações ocidentais, ela se constituiu também numa estratégia de expansão da área territorial japonesa para o Extremo Oriente.
Graças à ajuda financeira recebida dos Estados Unidos após a guerra, a economia japonesa voltou a crescer rapidamente. Para isso, foi de fundamental importância a manutenção da estrutura social tradicional, que permitiu o constante pagamento de baixos salários para uma.população extremamente disciplinada e movida pela idéia de que o principal objetivo de seu trabalho era reerguer o país.
Em outras palavras, a elevação da produtividade industrial foi obtida pela exploração da força de trabalho, ou seja, de baixos salários, elevado número de horas de trabalho semanais, ausência de preocupação com as condições de trabalho nas fábricas, etc. Mas, a partir dos anos 1970, os níveis salariais e de consumo subiram bastante no Japão, que deixou de ser somente uma economia voltada para atender ao mercado externo (para exportação) e passou a ser também uma importante sociedade de consumo.
O comportamento abnegado do povo japonês pode ser explicado pela permanência de características da sociedade feudal, baseada na obediência servil da classe subalterna à classe dominante.
A política trabalhista no Japão se apóia, entre outros, nos seguintes aspectos:

·         As empresas recrutam os jovens para o trabalho assim que eles concluem seus cursos na Universidade ou em outra escola, e, uma vez contratados, geralmente permanecem na mesma empresa até se aposentar.
·         É comum os filhos terem emprego garantido na empresa em que o pai trabalha, alguns até mesmo antes de nascer.
·         O aumento de salário depende do tempo de serviço na empresa e da qualificação para o trabalho.
·         Cada empresa procura ter seu próprio sindicato, que inclui tanto os trabalhadores quanto seus diretores.
·         Em vez de acirrar os conflitos, lançando as empresas contra os trabalhadores (tal como ocorreu muitas vezes nos Estados Unidos e na Inglaterra, onde o governo incentivou as firmas a se transferirem de regiões onde os salários eram maiores para outras áreas com nível salarial mais baixo), o "modelo japonês" procura integrá-los com acordos que garantem não haver greves desde que os salários subam no mínimo os índices da inflação ( que são baixos).





CHINA

Aspectos gerais

O território da República Popular da China, com 9 597 000 km2, ocupa o terceiro lugar entre os maiores do mundo. Mas esse país se destaca realmente pela sua gigantesca população, a maior do globo, com 1,3 bilhões de habitantes, o que equivale a cerca de 20% da população mundial e quer dizer que, em cada cinco habitantes do nosso planeta, um é chinês. No entanto, o crescimento demográfico chinês vem declinando nas últimas décadas. Atualmente, é de apenas 0,9% ao ano; portanto, menor que o da vizinha Índia (1,8%) e bem inferior ao dos campeões mundiais de crescimento populacional, como a Nigéria (2,4%).
Sob o aspecto fisiográfico, o território chinês pos.sui uma grande diversidade de paisagens. Em termos gerais, os pontos mais altos da China encontram-se no oeste, onde se acha algumas das cadeias montanhosas mais elevadas do mundo, especialmente o Himalaia, ao longo da fronteira com a Índia. Nessa região, encontram-se as nascentes dos rios Indo, Ganges, Brahmaputra, Mekong e Hoang- Ho, ou Amarelo.
Também a oeste e ao norte, existém o grande deserto de Takla Makan e os montes Tian Shan. A leste e ao sul, há extensas planícies fluviais e litorâneas.
O maior rio da China é o Yang-Tsé-Kiang, que é também o mais longo da Asiae o terceiro do mundo. Apenas o Amazonas e o Nilo 9 ultrapassam em extensão. Chamado também de rio Azul, percorre 6300 km de oeste para leste, cortando a China em duas partes. Sua vazão é de 29 mil m3js e, em período de enchente, de 60 mil m3/s. Sua bacia cobre uma superfície equivalente a um quinto da China e reúne um terço da população chinesa. O Amúr (Heilong Jiang) é o rio mais importante da Manchúria, continuando na Sibéria, enquanto o principal rio do norte é o Hoang- Ho (Amarelo). Os trechos retos inferiores do Sikiang são o sistema fluvial mais importante do sul.
Prevalece o clima temperado na China, mas também há regiões desérticas e semi-áridas no interior ocidental e uma pequena área de clima tropical no sudeste. Por conta de sua altitude, a meseta tibetana possui clima de montanha. A monção exerce o controle primário sobre o clima.


Economia


 A economia chinesa ainda é predominantemente agrícola, apesar de nas últimas décadas ter ocorrido um enorme avanço no setor industrial. O setor primário ainda ocupa muito mais mão-de-obra que os setores secundário e terciário. Os principais produtos cultivados são: arroz, milho, trigo, algodão, batata, soja, sorgo e cana-de-açúcar.
A pecuária e a mineração também são muito importantes para a economia chinesa. A China ocupa o primeiro lugar do mundo na criação de gado suíno e eqüino e na avicultura e está entre os cinco maiores criadores mundiais de gado bovino e caprino. Além de ser um dos maiores produtores mundiais de petróleo e, principalmente, de carvão mineral, a China possui grandes reservas de mercúrio, ferro, tungstênio, manganês, urânio e zinco.
A insuficiência dos meios de transporte dificultou e continua dificultando -a difusão da atividade industrial pelo território chinês. Apesar de terem sido ampliadas de 20 mil quilômetros de vias em 1950 para mais de 50 mil em 1990, as ferrovias ainda são insuficientes para as necessidades de transporte de carga do país. A navegação fluvial também é importante para a China, apesar dos problemas periódicos causados pelo congelamento de alguns rios em determinadas épocas do ano e pelas catastróficas enchentes em outras. Até hoje, os carros puxados por juntas de bois são muito usados como meio de transporte de carga na China. Nas cidades, é muito grande o número de bicicletas, que ainda constituem o principal meio de transporte urbano.
Apesar disso tudo e da baixa renda per capita do país, decorrente principalmente de sua imensa população, a China hoje é a sétima maior economia do mundo e vem conhecendo um enorme crescimento desde o final dos anos 1980. Por sinal, a China foi o país que mais cresceu no mundo nos anos 1990 e no início do século XXI. Além disso, acredita-se que seja a segunda potência militar do planeta, atrás somente dos Estados Unidos e na frente da enfraquecida Rússia, que, desde o início dos anos 1990, vem enfrentando alguns problemas: fuga de "cérebros" (especial- mente cientistas), falta de manutenção dos armamentos modernos, desestruturação das forças armadas, etc. Mas ainda predominam indicadores socioeconômicos típicos de subdesenvolvimento na China: renda per capita de 780 dólares, mortalidade infantil de 38 por mil, taxa de analfabetismo de 8,3% para os homens e 23,7% para as mulheres, etc.


Principais regiões

Existem atualmente cinco grandes regiões na China. A principal delas é a China propriamente dita, formada pelas planícies orientais, onde, como já dissemos, se localiza a grande maioria da população do país. As outras quatro são províncias ou regiões autônomas:
Manchúria- a nordeste do país, onde predomina etnia manchu, muitas vezes classificada no grupo) han e que, no entanto, faz questão de se diferencias desse grupo majoritário de chineses, com o qual possui rivalidades milenares. Existe um movimentos, manchu por autonomia em relação à China;
·         Mongólia Interior- ao norte do país, onde há um grande presença de povos mongóis, embora o governo chinês nas últimas décadas tenha incentivados, povoamento dessa área por chineses e forçado  transferência de muitos mongóis para outras áreas Sin-kiang ( ou Xinjiang) -a noroeste, habitada por povos muçulmanos e por populações de língua turca.

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